Palavras como inovação, sustentabilidade e compartilhamento são cada vez mais usadas nas discussões sobre as necessidades do mundo atual. Essas três qualidades têm se mostrado fundamentais diante de problemas enfrentados em todos os âmbitos: profissional, interpessoal, social, ecológico, político e individual, entre outros.
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A tecnologia permite que essas qualidades deixem de ser uma abstração e finalmente façam parte da vida de qualquer pessoa. É exatamente essa particularidade que define a chamada cultura maker – o fazer com as próprias mãos. Esse comportamento têm sido incentivado e reconhecido nas escolas como um atributo próprio da dinâmica que a sociedade vivencia hoje.
Apesar de ter sido “descoberta” muito recentemente, a cultura maker existe desde o fim dos anos 1960. Nascida como uma extensão da filosofia “Do It Yourself” (faça você mesmo) e influenciada pelos ideais de autonomia do movimento punk, ela proclama que cada um é capaz de buscar e desenvolver soluções práticas para problemas cotidianos.
A Internet democratizou o conhecimento, oportunizando o compartilhamento de ideias. Nesse sentido, a tecnologia aproxima as pessoas: encontrar respostas para alguma questão é muito mais fácil em conjunto do que individualmente. Mas a cultura maker não se limita à tecnologia. O criar, o consertar e o modificar – ou seja, o “pôr a mão na massa” – são as verdadeiras habilidades “maker”.
A cultura maker invadiu a educação, revolucionando a maneira de ensinar e de aprender. O fracasso inevitável do modelo tradicional de ensino está abrindo as portas para novas metodologias, que estimulam o aluno a ser protagonista de seu próprio desenvolvimento. Nesse contexto, as crianças e os jovens engajam-se por vontade própria na busca por aprendizados e conhecimentos.
Essa é a ideia da chamada metodologia ativa de ensino, que acaba com a hierarquia em sala de aula: professores e alunos ensinam e aprendem juntos. Esse ambiente de interação permite o pensamento crítico e a descoberta e amadurecimento de potencialidades individuais, que poderão ser manifestadas socialmente, contribuindo para melhorar a vida de todos.
Por meio da cultura maker, as escolas dão autonomia para os estudantes descobrirem que são capazes de concretizar ideias. Assim, eles podem desenvolver projetos e criar suas próprias tecnologias e ferramentas que reflitam visões particulares de mundo. Essa é a riqueza presente na sociedade do século XXI e também nas salas de aula.
Existem muitos bons exemplos de atividades que se enquadram na cultura maker, e um deles é o Lego. Esse brinquedo consiste em peças de plástico que se encaixam para criar formas variadas, como objetos, casas e até cidades. O objetivo é colocar todo mundo para pensar e colaborar com ideias para a construção coletiva de algum projeto.
Como uma simplificação do que a sociedade atual possibilita e exige, o Lego permite treinar essa habilidade de encontrar soluções para um problema. Afinal, ele contempla os objetivos fundamentais da cultura maker: definir o problema, ser criativo (fazer brainstorm), pensar critérios de design e construir e analisar o projeto.
Nesse sentido, o Lego pode, sim, ser um brinquedo, mas pode também ser um recurso pedagógico muito eficiente. Enquanto brincam e se divertem, os alunos encontram desafios que exigem o domínio de qualidades como liderança, proatividade, raciocínio lógico e organização de ideias. Todas essas habilidades são valorizadas no mercado de trabalho.
Por isso, esse brinquedo não se limita ao universo infantil. Ele é recomendável para alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio e, inclusive, para adultos inseridos no ambiente profissional. Desenvolver a capacidade de encontrar soluções ativas, colaborativas e criativas para questões propostas é desejável em todas as situações, e o Lego proporciona esse laboratório.
A cultura maker está pululando. Quanto mais essa realidade for inserida nas escolas, mais cidadãos serão capazes de trazer benefícios para a sociedade, a partir de soluções sejam sociais, domésticas ou empresariais. Problemas sempre existirão, e cabe a cada um – em especial aos jovens – entender seu papel de cooperação no mundo para diminuí-los.
A cultura maker faz parte do DNA do Colégio Positivo. Venha nos conhecer!